Desenvolver e aumentar a auto-estima
Sabemos que o Ser Humano é um ser social porque este desenvolve-se na relação que estabelece com o outro, pelo que primeiro é preciso sentir-se amado, para posteriormente amar a si mesmo e, por fim amar ao outro.
A auto-estima como o próprio nome indica depende do amor que recebemos e do que gostaríamos de ter recebido enquanto bebés, crianças e mais tarde adultos. A auto-estima resulta do sentimento do que a pessoa é e do que gostaria de ser, quanto maior a diferença entre o que somos e o que gostaríamos de ser, menor será a auto-estima.
Os efeitos de uma baixa auto-estima foram e continuam a ser estudados e comprovados, como resultados temos problemas relacionais, perturbações do comportamento alimentar como a bulimia e a anorexia, perturbações do humor como a depressão, perturbações da ansiedade como as fobias, etc. A baixa auto-estima está no cerne de grande parte das nossas questões.
Em suma, para nos estimarmos mais temos que nos conhecer melhor:
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Conhecemo-nos quando aprendemos a valorizar as nossas diferenças e semelhanças com o outro;
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Crescemos quando apercebemo-nos que não somos nem seremos perfeitos, e quando passamos a acreditar nas nossas capacidades, lutando por atingir os nossos objectivos.
A auto-estima modifica-se e enriquece-se à medida que as experiências se sucedem e que a personalidade se desenvolve.
Toda a pessoa consegue uma alta auto-estima quando atinge êxitos iguais ou superiores às suas ambições. Durante a vida, à medida que se passa por múltiplas experiências, a auto-estima pode modificar-se, aumentar ou diminuir temporariamente.
As mudanças que ocorrem nas diversas fases da vida integram-se numa continuidade. Surge, então, um sentimento de unidade e de coerência interior.
Uma elevada auto-estima é geralmente caracterizada pelas seguintes atitudes:
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Ser mais tolerante com os erros e/ou defeitos dos outros e com os seus, aceitar melhor as diferenças;
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Valorizar as suas virtudes e aspectos positivos;
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Praticar tanto quanto possível uma alimentação saudável, melhorando a sua saúde e disposição para enfrentar os problemas que surgem no dia-a-dia;
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Praticar exercício físico e mental, estimulando as suas capacidades físicas e cognitivas através de actividades que lhe proporcionem prazer;
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Sentir-se útil e vinculado, seja no trabalho ou em casa com a família e/ou amigos. Aumentando assim o seu sentimento de pertença, afinal é na relação que estabelecemos com o outro que aprendemos e nos desenvolvemos.