Método da Observação

 

Além da Introspecção, o estudo da Psicologia passa pela observação dos fenómenos psíquicos. A realização da observação isolada do método experimental sucede por, em determinadas ocasiões e por motivos práticos ou deontológicos, não ser possível o recurso ao método experimental.

Contudo é sempre possível estabelecer hipóteses e recorrer a técnicas de observação que permitam a sua verificação sem passar pela experimentação.

As condições em que essa observação é produzida levam a identificar diferentes formas:

- laboratorial: produzida em condições controladas;

- naturalista: elaborada no meio natural em que se desenrola a situação;

- invocada: realizada a partir de situações ocasionais e em que as condições não são controladas nem previstas;

sistemática.

 

A observação laboratorial é realizada num laboratório, o que leva a que a situação observada seja uma situação artificial.

Este método implica uma sistematização prévia, em que se difinem características que se pretendem observar, por exemplo em grelhas de registo. Para além da observação directa existem ainda instrumentos de observação como as entrevistas, questionários e testes.

A vantagem deste tipo de observação é o seu rigor, pois permite a presença de observadores independentes que anotam todo o tipo de comportamento de uma forma descritiva para uma análise porterior. Contudo ao ser produzida em condições experimentais fica limitada.

 

A observação naturalista é defendida pelo método clínico, fundamentando-se na necessidade de observar as condições reais de uma situação. Esta técnica de observação tem um grau de objectividade menor, especialmente a última estratégia, permite pelo contrário o estudo nas condições reais de uma situação sendo ainda extremamente prática. Piaget é um dos psicólogos que desenvolve os seus estudos a partir da aplicação deste método.