Desenvolvimento Moral
O autor que mais se debruçou sobre esta temática foi: Lawrence Kohlberg que nasceu a 25 de Outubro de 1927 e faleceu a 19 de Janeiro de 1987. Especializou-se na investigação sobre educação e argumentação moral, sendo mais conhecido pela sua teoria dos níveis de desenvolvimento moral.
Kohlberg investigou o desenvolvimento do raciocínio moral com base em questões e dilemas e postulou assim 3 níveis de raciocínio moral, cada um deles sub-divididos em 2 estádios, perfazendo um total de 6 estádios.
Nível 1: Moralidade Pré-Convencional
Neste nível, o indivíduo raciocina em relação a si mesmo e ainda não compreendeu ou integrou totalmente as regras e expectativas sociais. Estádios 1 e 2: moralidade heterónoma (evita infringir regras que acarretem punições, obediência em si mesma, evitar danos físicos a pessoas e bens) e individualismo, propósito e troca instrumental (segue as regras apenas quando se trata do interesse imediato de alguém; agir por forma a satisfazer os próprios interesses ou necessidades e deixar os outros fazerem o mesmo).
Nível 2: Moralidade Convencional
Neste nível o indivíduo considera correcto aquilo que está conforme o que respeita as regras, as expectativas e as convenções da sociedade. Estádios 3 e 4: expectativas e relações interpessoais mútuas e conformidade interpessoal (corresponder às expectativas das pessoas mais próximas ou àquilo que as pessoas geralmente esperam dos indivíduos na nossa posição. “Ser bom” é importante e significa ter boas intenções, mostrar interesse pelos outros e estabelecer relações recíprocas como a confiança, a lealdade, o respeito e a gratidão) e sistema social e da consciência (cumprir os deveres com os quais concordámos. As leis são para ser cumpridas, excepto em casos extremos, em que entrem em conflito com outros deveres sociais estabelecidos).
Nível 3: Moralidade Pós-Convencional
Um indivíduo situado neste nível compreende e aceita as regras da sociedade na sua globalidade, mas apenas porque primeiramente aceita determinados princípios morais gerais que lhes estão subjacentes. No caso de um desses princípios entrar em conflito com as regras da sociedade, o indivíduo julgará com base nesse princípio e não na convenção social. Estádios 5 e 6: contrato social (ter consciência de que as pessoas defendem diferentes valores e opiniões, de que grande parte dos valores e das regras são específicos de determinado grupo embora deva ser normalmente respeitados a fim de se garantir a imparcialidade ou isenção, até porque fazem parte do contrato social. Determinados valores e direitos não específicos como a vida e a liberdade, porém, têm de ser forçosamente defendidos em qualquer sociedade, independentemente da opinião da maioria) e princípios éticos universais (seguir princípios éticos por nós escolhidos. As leis particulares ou os acordos sociais são normalmente válidos porque se baseiam nesses princípios. Quando as leis violam esses princípios, agimos de acordo com o princípio. Os princípios são premissas universais de justiça: igualdade dos direitos humanos e igualdade do ser humano enquanto indivíduo).